Henry Rousso afirma, em seu texto, A memória não é mais o que era, que consta do livro Usos e abusos de história oral (1998), que “seu atributo mais imediato é garantir a continuidade do tempo e permitir resistir à alteridade, ao ‘tempo que muda’, as rupturas que são o destino de toda vida humana; em suma, ela constitui – eis uma banalidade – um elemento essencial da identidade, da percepção de si e dos outros”.
Elementos que são suporte da memória coletiva são percebidos no cotidiano, apesar das rupturas que ocorrem ao longo da história e nos impedem de percebê-los integralmente.
A ausência da memória é a amnésia, que conforme adverte Jacques Le Goff, em História e Memória (1988), pode gerar graves pertubações de personalidade. A perda da memória coletiva pode determinar graves pertubações na identidade coletiva.
Quem saberia contar a história desta igreja? De onde nossos sentidos podem percebê-la? Até onde nosso olhar a alcança?
Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Vitória/ES. Fonte: PMV.
Tombada em nível federal pelo IPHAN não é vista integralmente em nenhum ponto da cidade.
Como mantê-la viva na memória coletiva?